Inter ganha tempo para recuperar lesionados e reforçar entrosamento em busca da final

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A vantagem construída sobre o Caxias e a semana sem jogos dão tranquilidade ao Inter. Roger Machado terá quatro sessões de treinos para definir a estratégia a executar na partida de volta da semifinal do Gauchão, às 21h30 de sábado, no Beira-Rio, sem a necessidade de acelerar o retorno de ninguém.

Inclusive, caso necessário, até retirar jogadores que apresentem desgaste que possa acarretar em lesões.

Após a vitória por 2 a 0 no Centenário, o grupo recebeu folga no domingo e na segunda-feira. A reapresentação ocorre na manhã desta terça no Centro de Treinamentos Parque Gigante. Será quando Roger começará a debater com seus pares a formação que entrará em campo no sábado de Carnaval.

Em razão do departamento médico abarrotado, o técnico precisou remontar a equipe neste Gauchão. Do “time ideal” que conseguiu a arrancada de 16 partidas invictas no Brasileirão e assegurou vaga à fase de grupos da Conmebol Libertadores, estão à disposição atualmente apenas Vitão, Bernabei e Fernando. Thiago Maia aguarda a oficialização da venda ao Santos.

Roger manteve o modelo de jogo, algo que valoriza e avalia como alicerce ao Colorado. Existe ainda necessidade de aprimorar o entrosamento para que a execução das jogadas cause maior impacto nos adversários.

Mas a situação evita a necessidade de retornos emergenciais. As principais baixas são Alan Patrick (lesão no tornozelo direito), Borré (estiramento na coxa direita) e Wesley (lesão na coxa esquerda).

Não há segurança que algum destes esteja na possível final, mas o departamento médico “ganhou” duas semanas para trabalhar.

O que precisa melhorar

 

No Centenário, apesar do resultado, o Inter teve dificuldade para furar o bloqueio grená. O quarteto ofensivo formado por Vitinho, Carbonero, Wanderson e Valencia pode ganhar sequência no fim de semana. O primeiro comandou a vitória com os dois gols e assumiu a artilharia da equipe na temporada, com quatro.

O colombiano Carbonero tem a atribuição de organizar as jogadas junto a Bruno Henrique neste momento, enquanto Valencia busca retomar os momentos que empolgaram a torcida, como os gols na caminhada da Conmebol Libertadores de 2023.

Wanderson é importante taticamente ao time e alguém que consegue entregar quando o Inter está sem a bola. Porém, trabalha para ter maior regularidade no momento de apoiar. Em Caxias, Roger o substituiu quando a partida estava 0 a 0 para dar oportunidade a Gustavo Prado.

— É um recomeço. O Carbonero conhece alguma coisa (da função de meia). O Vitinho já entende melhor porque chegou mais cedo. O modelo não é tão complexo aos jogadores se adaptarem. O importante é manter a base da estrutura que faz os jogadores se sentirem à vontade. Dá para ver o bom entendimento — pondera Roger.

Fernando e Bruno Henrique, com 37 e 35 anos, respectivamente, podem receber um descanso ou uma participação menor no Beira-Rio. Tudo para minimizar qualquer risco.

Aguirre, que teve um início conturbado, subiu de produção. Foi fundamental no jogo de ida da semifinal nas tramas com Bruno Henrique e Vitinho. Agora, a missão é apresentar um nível linear nas partidas.

A dupla de zaga formada por Vitão e Victor Gabriel virou o ponto forte da equipe. Bernabei, se ainda não é o mesmo de 2024, mostra o fôlego corriqueiro para ser uma das armas ofensivas.

O jogo decisivo para confirmar a vaga na final do Gauchão está marcado para o próximo sábado, no Beira-Rio, às 21h30. O Inter pode até perder por um gol de diferença para o Caxias que mesmo assim garante classificação.

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