O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis (RJ). A causa da morte foi falência múltipla de órgãos após quadro de pneumonia. Cid enfrentava problemas nos rins e fazia diálise com frequência.
Nascido em Taubaté (SP), Cid Moreira deu início à sua trajetória profissional aos 15 anos, quando começou a trabalhar como contador na rádio Difusora da cidade. Sua voz marcante e de timbre grave chamou a atenção, levando-o a ser convidado para atuar como locutor pouco tempo depois.
Formado em contabilidade, em 1947, mudou-se para a capital paulista e foi trabalhar na rádio Bandeirantes. Naquele período, também atuou como locutor oficial na campanha política de Ademar de Barros, um dos proprietários da emissora.
Em 1951, Cid foi contratado pela rádio Mayrink Veiga, permanecendo por 12 anos e consolidando-se como uma das principais vozes do rádio brasileiro.
Em 1969, Cid Moreira alcançou projeção nacional ao se tornar âncora do Jornal Nacional, da Rede Globo, programa que apresentaria por quase três décadas, até 1996. Ele dividiu a bancada com Hilton Gomes na estreia do jornal e, em sua última edição, esteve ao lado de Sérgio Chapelin.
Ao longo de seus 70 anos de carreira, Cid publicou o livro Boa Noite, cujo título homenageia sua saudação característica ao final de cada edição do jornal que apresentava.
Roger e Rodrigo Moreira, filhos de Cid, acusaram Fátima de manter o apresentador em cárcere privado, dar comida estragada, além de alegar que Cid não conseguia tomar decisões sozinho. Na época, o caso foi arquivado pela Justiça por falta de provas.
Em outro episódio polêmico, os filhos tentaram comprovar, com áudios antigos, que o pai já tinha um relacionamento com Fátima quando ainda estava em outro casamento. Roger e Rodrigo também acusaram a atual mulher do pai de vender bens do marido sem o consentimento da família.
No ano passado, Cid revelou que estava magoado com os filhos por causa das brigas na Justiça.